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Antes de tudo que tenho para falar, queria dizer – e deixar bem claro – que Eleanor e Park é um achado, um romance extraordinário nos dias de hoje. Algo puro e até mesmo inocente em certas partes. Eu não esperava tanto deste livro, mas a cada página ele conseguia me fazer torcer por eles. Eu sempre fui o tipo de leitora que lê três livros ao mesmo tempo, porém, eu não consegui largar este. Levava em minha bolsa, para meu trabalho, para minha cama, para a cozinha… Onde eu podia, eu estava lendo Eleanor e Park. Se um dia eu puder escolher um amor, eu optaria por ter um Park da vida real.

Park é um rapaz que não chega a ser completamente popular, mas também não faz parte da escória do colégio. Todos o respeitam e os populares estão do lado dele. Ele sabe que é diferente, tem a completa noção que aquele mundo de seus amigos, não faz parte do dele. Tudo muda quando Eleanor, uma transferida de outro colégio entra no ônibus. Era como se chegasse um brinquedo novo para todo mundo usar e abusar. Ninguém chega ceder o lugar para ela, a não ser Park, que de um jeito um tanto conformista deixa a menina sentar do seu lado. E aí começa um estranho relacionamento. O rapaz lindo e mestiço, metade Irlandês e metade coreano, com a menina ruiva das roupas estranhas e gostos esquisitos. Por dias não conversaram, mas Park notava que a menina lia os gibis que ele trazia em seu colo no ônibus junto com ele, e assim ele passou a passar lentamente as páginas. Começaram a conversar apenas no ônibus e quando saiam, era como se fossem apenas dois estranhos. Com o tempo, tudo foi caminhando um pouco mais, até que ele começou a acompanha-la até o armário. Park não tinha problemas de família, era quase como se tudo para ele fosse um tanto quanto perfeito. Porém, para Eleanor não era bem assim. Havia ficado longe da família, pois seu padrasto havia mandando a mesma embora. Richie tinha problemas com álcool e sempre arrumava um jeito de tirar tudo de bom para a menina. Eleanor não tinha quase nada e para ela, Park era o ar que respirava, seu medo era que ele tira-se dela Park, o menino que a fazia achar que o mundo poderia ser um pouco melhor todos os dias… Bom, menos sábado e domingo, pois não tinha ônibus escolar.

A ruiva sempre tenta afastar Park de sua vida pessoal, até mesmo protege-lo de sua bagunça que é na escola. Por vezes escondendo as coisas que faziam com ela, pois ela começou a sofrer bullying assim que chegou na escola, e mesmo namorando um rapaz popular, isso não tirou a sua pessoa da reta. Parecia que o motivo dos ataques, era por ela realmente namorar ele. É uma história sobre amor, superação e coragem. Contata em uma linguagem jovem e rápida, duvido você conseguir largar o livro.

 Eleanor e Park é o tipo de história que te faz acreditar no amor, por mais que ele nem sempre venha a ser rosas e borboletas no estomago, afinal um amor de verdade não é assim. Ele te ensina que tudo pode mudar de uma hora para outra. E que não importe quanto tempo passe, você ainda vai lembrar do seu primeiro amor.

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Bom, o que poucos sabem é que agora Eleanor & Park, também vai virar filme! Isso mesmo, os direitos foram comprados a pouco tempo. Então, mesmo o livro ainda não sendo tão conhecido, tenho certeza que vai virar um sucesso. Qualquer um que não amar esse livro é um sem coração. Espero que vocês sintam calafrios e torçam por eles como eu torci. Se você já leu, comenta o que achou e se você não leu. O que está esperando? Só mais uma dica, prepare uma boa trilha sonora para o livro. Minha dica é para incluir: Love Hurts – Incubus.


 

Amor Machuca

Esta noite nós bebemos à juventude e agarramos firmemente à verdade
Eu não quero perder o que eu tinha quando era garoto.
Meu coração continua a bater mas o amor é agora uma proeza
Tão comum quanto um dia frio em L.A. (Los Angeles).

As vezes quando estou sozinho, eu imagino
Será que estou sob um feitiço
Que me impede de ver a realidade?

O amor machuca, mas às vezes é uma dor boa
E me faz sentir vivo
O amor canta quando transcende as coisas ruins
Tenha um coração e me teste,
Pois sem amor eu não sobreviverei.

Eu estou acorrentado e abusado, eu estou pelado e acusado
Será que eu deveria emergir esse submarino pessoal?
Eu só quero a verdade, então, essa noite nós bebemos pela juventude
Eu nunca irei perder o que eu tinha quando era garoto.

As vezes quando estou sozinho, eu imagino
Será que estou sob um feitiço
Que me impede de ver a realidade?

O amor machuca, mas às vezes é uma dor boa
E me faz sentir vivo
O amor canta quando transcende as coisas ruins
Tenha um coração e me teste,
Pois sem amor eu não sobreviverei.

 
 

Mione Le Fay é carioca, formada em Jornalismo. Escritora, professora de informática, apresentadora e produtora de eventos. Apaixonada por livros e fotografias, encontra nesses nessas duas artes uma forma de mostrar tudo o que existe em seu mundo.

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