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Antes de decifrar ´O Código Da Vinci´, Robert Langdon, o famoso professor de simbologia de Harvard, vive sua primeira aventura em Anjos e Demônios, quando tenta impedir que uma antiga sociedade secreta destrua a Cidade do Vaticano. Às vésperas do conclave que vai eleger o novo Papa, Langdon é chamado às pressas para analisar um misterioso símbolo marcado a fogo no peito de um físico assassinado em um grande centro de pesquisas na Suíça. Ele descobre indícios de algo inimaginável: a assinatura macabra no corpo da vítima – um ambigrama que pode ser lido tanto de cabeça para cima quanto de cabeça para baixo – é dos Illuminati, uma poderosa fraternidade considerada extinta há quatrocentos anos. A antiga sociedade ressurgiu disposta a levar a cabo a lendária vingança contra a Igreja Católica, seu inimigo mais odiado. De posse de uma nova arma devastadora, roubada do centro de pesquisas, ela ameaça explodir a Cidade do Vaticano e matar os quatro cardeais mais cotados para a sucessão papal. Correndo contra o tempo, Langdon voa para Roma junto com Vittoria Vetra, uma bela cientista italiana. Numa caçada frenética por criptas, igrejas e catedrais, os dois desvendam enigmas e seguem uma trilha que pode levar ao covil dos Illuminati – um refúgio secreto onde está a única esperança de salvação da Igreja nesta guerra entre ciência e religião. Em Anjos e Demônios, Dan Brown demonstra novamente sua extraordinária habilidade de entremear suspense com fascinantes informações sobre ciência, religião e história da arte, despertando a curiosidade dos leitores para os significados ocultos deixados em monumentos e documentos históricos.

Após muitos anos de resistência eu finalmente me rendi a escrita de Dan Brown. Lembro-me que comprei Anjos e Demônios, assim que ele foi lançado, tentei ler e não consegui. Depois tentei mais uma vez e desiste. Aí minha irmã pegou ele pra ler e amou. Acabei comprando os outros livros para ela porque ela gostou muito do Dan Brown. Emprestei os meus livros dele para um amigo meu e ele também amou e falou super bem.

Com toda essa pressão para ler, acabei colocando os livros do Brown que eu tenho na minha meta de leitura para 2013, mas como prioridades. Comecei a ler Anjos e Demônios pela terceira vez e tipo: AMEI!!!

O livro nos conta a primeira aventura de Robert Langdon, que foi praticamente imortalizado após o estrondoso sucesso de “O Código Da Vinci”. Nessa primeira aventura, Langdon é convocado por um importante membro do CERN (um estabelecimento de pesquisa científica localizado na Suíça, que existe de verdade) após o assassinato de um renomado pesquisador do CERN, que foi encontrado com um ambigrama no peito com a palavra ILLUMINATI. Diante do choque com a palavra, com o ambigrama que insinuava o retorno de um dos mais antigos e temidos inimigos da Igreja Católica, ainda na Suíça, o professor descobre sobre a antimatéria e como ela está ligada ao Vaticano, prestes a dar início ao Conclave para a eleição de um novo Papa.

O ritmo do livro é muito alucinante. Tudo ocorre em um único dia. Me senti quase como se estivesse assistindo um daqueles episódios cardíacos de 24 horas.

E gente, esse Dan Brown é brilhante! Eu encontrei detalhes tão ricos e inteligentes nas páginas de “Anjos e Demônios” que fiquei apaixonada. Eu simplesmente amo a fase do Renascimento na Itália. Por isso me deliciei com os detalhes que ele deu sobre as obras renascentistas do Vaticano. Me senti várias vezes como se eu estivesse ao lado de Langdon correndo contra o tempo pelas ruas do Vaticano, num verdadeiro caça ao tesouro. Tudo bem que no final eu já estava meio que fadigada com tanta informações e detalhes, mas valeu super a pena!

Apesar do grande sucesso dos livros de Brown, muita gente não tem muito saco para as estórias dele. Eu já fui uma dessas, mas graças aos deuses da leitura, eu me encontrei com esse autor. Nesse livro ele explora uma trinca muito interessante entre ciência-história-religião, tudo isso baseado em documentos, referências e obras super reais. O que torna o trabalho de Brown algo ainda mais incrível.

Fora que o final desse livro… O final gente… O grande filho da mãe que arquitetou todo esse drama é tipo: EU NUNCA SERIA CAPAZ DE IMAGINAR!!! – hahahaha, parece até pegadinha do malandro. Mas não. O grande filha da mãe do livro é o filha da mãe!

 

Claro que o cinema não poderia ficar de fora do sucesso desse livro, ainda mais depois de todo o impacto que teve “O Código Da Vinci”. Assim foi feito também, como todo mundo sabe, uma adaptação para “Anjos e Demônios”, ainda sobre a direção de Ron Howard (mesmo diretor de “O Código Da Vinci”) e Tom Hanks novamente como Robert Langdon.

Mas assim, assistir a esse filme foi decepcionante. Muito decepcionante. Eu poderia criar uma lista recalcada de decepções, mas prefiro debater apenas os detalhes que mais me chocaram:

Leonardo Vetra não existe no filme, ele foi reduzido a Silvano, um técnico de confiança de Vittoria Vetra, que na estória original (livro), é filha adotiva de Leonardo, onde os dois construíram uma relação linda de amor paterno. O Leonardo é a espinha dorsal dessa trama. A relação entre ele e  a Vittoria é uma das maiores motivações desse livro. Uma das coisas mais fortes e tocante. É o Leonardo o grande criador da antimatéria, era ele que queria criar o momento da criação, para provar que  tanto ciência, quanto a  religião falam a mesma coisa quando se referem ao grande momento.  Isso porque além de ser um cientista brilhante, o cara era um religioso fervoroso, ele era padre. A ausência desse fato no filme, banalizou toda a trama ao meu ver. A antimatéria passou a ser apenas mais uma coisa, uma pesquisa científica (criada pela Vittoria), sem uma forte motivação para a criação de uma coisa tão perigosa.

Fora que o filme mostra que toda a equipe, de Vittoria, sabia sobre a antimatéria. Nada disso.  Não tinha essa de equipe. No livro apenas ela e o Leonardo sabiam sobre a pesquisa. Ninguém mais.  O que levanta toda uma questão quando ele é encontrado assassinado e o tubo com a maior quantidade de antimatéria some e vai parar no Vaticano.

Maximilian Kohler e seu humor negro, uma das melhores coisas do livro, infelizmente ficou de fora do filme. Olivetti deixou de ser o durão chefe da Guarda Suíça para se tornar o chefe comum de outra coisa lá que eu nem lembro mais o nome. Ritcher ocupou esse lugar. Não sei se Ritcher é o equivalente a Rocher, que ficou no lugar de Olivette depois, comandando a Guarda Suíça. Não sei se o nome de Rocher foi traduzido errado na edição brasileira ou se de fato eles criaram um novo personagem, Ritcher. Vai saber!

O camerlengo, Carlo Ventresca, virou Patrick Mackenna. Sério, Patrick!

E aquele Hassassin  ocidental e intelectual, com pinta de Edward Snowden? A dupla comédia de jornalistas da BBC Londres,  Gunther Glick e Chinita Macri. Cadê?

A química que identificamos nos livro, entre Langdon e Vittoria, mal dar para notar no filme. Acho que eu só percebi que existia uma coisinha por ali porque li o livro.

Claro que se tratando de um filme, com um ritmo mais dinâmico e tals, não podemos contar mesmo com todos os detalhes do livro. O filme tem uma fotografia e atuações muito boas. Além de cenas angustiantes e até mesmo emocionantes. Mesmo assim, ter deixado o Leonardo Vetra de fora da roteiro do filme foi o erro hein, vou te contar!

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Mione Le Fay é carioca, formada em Jornalismo. Escritora, professora de informática, apresentadora e produtora de eventos. Apaixonada por livros e fotografias, encontra nesses nessas duas artes uma forma de mostrar tudo o que existe em seu mundo.

11 Responses

  1. Ainda bem que vc amo. Nossa me lembro da primeira vez que vi e li os livros , sabe quando vc entra em uma biblioteca e não sabe o que vai ler , quando eu olhei pra estante eles estavam la me esperando kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk ( coisa de louco). Ja devo ter lido umas 10 vez cada livro não consigo parar , a bibliotecária ja ate sabe que livro eu vou pegar.
    Não pare de ler vc vai se apaixonar e quer ter aventuras como a do Robert . Adorei o artigo escreva mais .

  2. Sabe, eu gostei do livro todo, mas detestei o final. Ele poderia simplesmente deixar o Kohler como Janus, mas não o camerlengo. As motivações do camerlengo são muito duvidosas, inverossímeis. Sem contar que é absurdo ele ter arquitetado tudo aquilo em tão pouco tempo, dependendo tanto da sorte. Pondo o Kolher como Janus, ele não faria nenhuma afirmação categórica de que os Illuminati foram extintos. O pior final do Dan Brown, infelizmente.

    • Concordo plenamente com você, o filme foi péssimo e decepcionante. Fiquei louco por querer saber o que iria acontecer nas próximas páginas, um suspense de tirar o fôlego. O filme me decepcionou muito

  3. Agradeço-lhe profundamente pela comparação entre livro e filme. A verdade é que estou lendo Inferno e já li os outros três na expectativa de depois assistir aos filmes. Depois disto, não vou nem perder meu tempo rsrsrs, ficarei so com o que li mesmo. Muito obrigado!

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