Jess. Simples assim, sem muita firula ou grandes sobrenomes, apenas Jess de Jessica. Mulher, negra, gorda, jornalista e escritora, todo esses amalgamas unidos e condensados em 30 anos de vida. As primeiras letras eram tortas e ao contrário, típica de criança canhota que escreve como o espelho. A primeira criação, muito sem querer, é uma quadrinha, uma despedida ao avô materno que nunca conheceu. Depois disso, a vida seguiu entre livros que devorava como um bichinho curioso que não tinha pouco acesso a esses amigos.
Aos 11 anos, nas aulas de redação com a professora da 5ª o gosto por escrever, plantado aos quatro, começou a brotar e a onda era soltar a imaginação por histórias e mais histórias, até poesias. Desde muito cedo, havia a certeza de que sem as palavras não seria nada feliz. E assim trilhou o caminho entre muitas histórias e penas até a faculdade de Jornalismo.
A terceira onda de histórias volta quando se depara com romances que não a representam, apesar de gostar de cada um, era cansativo ver só gente branca e magra, como se só a elas fosse dada a permissão de viver grandes aventuras. Se pôs a escrever e não demorou para que sua melhor amiga, também escrevinhadeira, sugerisse um tal de Wattpad. Foi nesse momento que seus escritos saíram da ciranda dos amigos e voaram para o desconhecido.
Quem é Jess hoje? Bem, ela segue sendo geminiana (óbvio, uma das poucas coisas que geminiano não consegue mudar), mora com sua mãe em Santo André (SP), é editora de redes sociais na Ponte Jornalismo, veículo que cobre temas como direitos humanos, violência policial, gênero e raça, está terminando uma especialização em Publicação Editorial, tem projetos editoriais e muitos sonhos adormecidos.
Para ela, enquanto autora e provável futura editora, o conhecimento é importante e é preciso saber como se mover pelo mercado, quais suas tendências e processos e por isso aceitou o convite da Mione para integrar o time de colunistas do “No meu mundo”.
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